quinta-feira, 24 de abril de 2008



Precisamos mais Sebulba?
Temos o alimento...
temos o abrigo...
temos o vento no rosto...

quarta-feira, 23 de abril de 2008



Como filmar esse sentimento?
Aqueles preciosos minutos! O intervalo entre a ignição e o engatar da primeira marcha.
O som do motor em marcha lenta soa como uma linda sinfonia em meus ouvidos.
A mente imagina o horizonte.
Os olhos fechados; a silenciosa oração
O coração acelerado e a adrenalina no sangue. Tudo é tão intenso...
Mas tudo é interior; o exterior é um cara sentado numa motocicleta.
No interior o exercício da liberdade
O início e uma jornada.

meu co-piloto: Sebulba



Será preciso Sebulba?
Viver egocentricamente uma vida inteira para, ao final dela, percebermos que todos bens adquiridos não têem nenhum valor se não forem compartilhados?

sábado, 19 de abril de 2008

Cristãos perseguidos>>http://www.portasabertas.org.br/


Portas Abertas não é uma missão típica
Apoiamos comunidades cristãs perseguidasNão evangelizamos, mas equipamos os cristãos para que resistam e assim tenham condições para evangelizar.
Não enviamos missionáriosMas, nos preocupamos com missionários e sobretudo com as igrejas locais em lugares onde há perseguição, pois estas não têm condições de deixar o país quando a pressão aumenta.
Nossa filosofia é jamais atuar por conta própriaNossos projetos nem começam se não há contatos consistentes com a igreja local. Atuamos em parcerias com outras missões e agências em muitos casos.
Critérios de atuaçãoNão atuamos em todos os 90 países em que há perseguição. Nós operamos diretamente em cerca de 50.
Nossos critérios são:• Igreja local pode extinguir-se caso não haja ajuda externa.• Não há outra agência missionária operando no país.• Não há outra forma de obter Bíblias se não for pelo contrabando.• Possibilidade logística.• Posição estratégica do país.• Solicitação dos irmãos do local.
Ao chegar em um país, Portas Abertas procura os pastores e diz: "Aqui estamos. O que podemos fazer para ajudá-los?"Não chega com uma receita do que os pastores devem fazer, mas ouve deles o que querem que a Missão faça.
Em 95% dos casos, os pastores dizem: "Por favor, orem". Muitas vezes começam a chorar e dizer: "Estamos lutando e perdendo a batalha, porque achamos que ninguém está orando a nosso favor".
O segundo pedido sempre é por Bíblias, materiais de estudo e treinamento. Coisas que precisam em seu ambiente particular para poderem enfrentar o desafio e resistir às ameaças e à pressão.

fonte hp do missão portas abertas

Vakombi - versão 1.1


essa barraca no teto será retrátil, abaixando sobre o rack.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Esboço da Vakombi - versão 1.0


Vakombi é mais que uma kombi branca com manchas pretas. Nao é o conjunto de rodas, chassi ou o velho motor Volkswagem. Nada tem a ver com as beliches improvisadas ou o rack sobre o teto. Vakombi existe na minha mente. Ela é real. Ela é uma idéia.Vakombi significa dividir o que se tem. Levar amor, entretenimento e cultura aos que precisam ou nao, pois nao sei distingui-los. É um modo simples de ir e fazer alguma coisa na prática. Vakombi se transveste naquilo que a necessidade mandar, tentando criar um ambiente simbiótico por onde passa. Vakombi visita lugares nao tao bonitos. Entra em lugares onde as pessoas sao esquecidas. Ela nao espera ser bem recebida. Ela existe pra servir; dar e nao esperar o troco. Ela precisa ter os ouvidos abertos e enxergar além da superfície. Vakombi tem uma missao: espalhar o AMOR.

domingo, 13 de abril de 2008

Texto enviado a Tham, para um trabalho. Curso: jornalismo.



Bom, tenho que falar um pouco sobre o meu trabalho no Japão. Acho relativamente fácil falar disso, e posso afirmar que muitos imigrantes diriam o mesmo que eu. Pensando bem não tenho tanta certeza disso, visto que muitos já estão acostumados ao sistema de trabalho japonês. Posso afirmar que o trabalhador aqui vive como os trabalhadores ingleses, em meados do século XVIII.
Naquela época os empresários impunham duras condições de trabalho aos operários, sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina era rigorosa e as condições de trabalho nem sempre ofereciam segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassava 15 horas, os descansos e férias não eram cumpridos e mulheres e crianças não tinham tratamento diferenciado. Esse quadro é o que vejo todos os dias aqui na terra do Sol nascente. Isso não está em livros, jornais ou na conversa do dia a dia. Isso acontece com meus amigos, mas eles acabam engolindo sapos, pois precisam do trabalho. Bom, quero destacar aqui algumas situações do trabalho cotidiano:
- alojamento ou apto em nome da empreiteira, como os conhecidos gatos no norte do Brasil. O aluguel desse alojamento é descontado do salário do proletário e muitas vezes é cobrado um valor acima do preço de mercado.
- doze ou mais horas de jornada diária de trabalho. Oito obrigatórias e as demais por coesão psicológica. Se não trabalha perde o emprego, se perde o emprego perde a moradia
- material de trabalho descontado do salário: uniformes, botas, bones com o logotipo da empresa, etc. O trabalhador é obrigado a usar o uniforme, portanto, obrigado a comprar da empreiteira
- menores fazendo jornada de 12 a 14 horas diárias
- homens e mulheres carregando peso acima dos 25 kg
- mulheres ganhando salários invariavelmente menores, pelo mesmo trabalho dos homens
- pessoas trabalhando sem adicional de periculosidade ou insalubridade. Eu sou uma delas.
- trabalhadores fazendo jornada de trabalho de 12 horas com somente um intervalo para almoço.
Os nomes são fictícios, pra garantir a privacidade dos citados.
Bom, quero descrever aqui o primeiro dia de trabalho de um amigo meu, o Roboaldo. Começou a jornada de trabalho às 10 horas da manhã e parou pra almoçar as 11 horas da noite. Isso mesmo senhoras e senhores, 23 horas! Ah, vale lembrar que parou pq pediu, pois não estava aguentando continuar devido ao cansaço e fome. Mas tudo isso é normal por aqui, afinal de contas, você trabalha porque quer.
Roberbill foi ameaçado por um chefe que se dizia da yakusa, a máfia japonesa. Foi ameaçado pq segundo o mesmo não cumpria as exigências do trabalho. Exigências simples, como ter somente um intervalo durante as 12 horas trabalhadas. O que tem de mal em ameaçar um trabalhador?
Robervaldo foi impedido de visitar sua esposa que acabara de dar a luz. -Vá visitar seu filho e esposa depois do trabalho - disseram seus chefes. Trabalho por aqui vem muito antes da família.
Um dia trabalhei 22 horas. Pedi uma refeição, afinal de contas tinha devorado minha marmita nas 12 primeiras horas trabalhadas. Não me deram a refeição combinada. No dia seguinte procurei o superior do meu chefe e, ao ser chamado, este justificou a não refeição alegando que achou que eu estivesse brincando quando pedi a tal refeição. Imbecil...
E por aí vai, poderia continuar, mas seriam histórias semelhantes.
Hoje trabalho soldando rodas de automóveis, caminhões, empilhadeiras, carros de combate etc. Os chefes gostam de mim, afinal de contas tenho boa saúde e trabalho nos finais de semana qdo me pedem. Nunca sei qto produzo, mas um dia resolvi contar: Soldei 450 rodas numa jornada de trabalho. Depois de 13 horas trabalhadas e 450 rodas soldadas tenho a impressão que não produzi nada, pelo menos nada de realmente importante pra humanidade. Me pergunto: pra que tanta roda? todos sabem a resposta: pros países ricos e seus carros descartáveis. Quanta energia gasta. Quanto plástico e derivados de petróleo. Qto metal. E tudo isso pra que um cidadão rico utilize um veículo por no máximo 4 anos. bom, mas isso não é problema meu, afinal de contas sou apenas um proletariado. Será que não é problema meu? Ou seu?
Já falei demais, sei que todos estão entediados... vou parar de falar besteiras e problemas que nao são de vcs, afinal isso não é um curso de psicologia ou psiquiatria. Existem profissionais que querem ouvir os meus problemas. Vou falar coisas importantes, responder as 7 perguntas que me foram feitas:
- trabalho de 11 a 13 horas por dia.
- faço de 2,5 a 4 horas extras por dia
- na fábrica trabalho soldando vários tipos de rodas. Solda do tipo arco. Solda mig e solda elétrica com bastão.
- meu tempo é dividido em trabalho e descanso... o descanso abrange dormir, comer e lazer.
- teve uma vez que trabalhei em dois empregos. Uma história realmente longa pra ser contada nesse depoimento. Uma história em que o empregador tenta coagir um trabalhador a abandonar seu emprego. O que eles não esperavam é que esse proletário era totalmente pirado e não abandonou o trabalho. Resumindo isso resultou que eu entrava numa fábrica as 9 da noite e saia as 8 da manhã. Pedalava por 40 min até a outra fábrica e ficava por lá até as 5 da tarde. Voltava pedalando e tinha 3 horas pra dormir, tomar banho e me alimentar. Essa foi minha rotina por 2 meses e não preciso dizer que não fiz bem nenhuma das três opções.
Falando em rotina, vcs me perguntam: qual é sua rotina? difícil pergunta... Minha rotina? ... realmente fujo todos os dias da rotina. Acredito que ela mata a alma. Mas vou tentar resumir.
- todos os dias acordo, me alimento e trabalho. depois disso começa meu dia ( ou noite ).
- estou editando um filme documentário que fiz no Brasil antes de zarpar pra essa ilha. Se chama Os filhos da mãe gentil e se trata de uma viagem solo de motocicleta pelo centro oeste,nordeste e sudeste do Brasil. Uma discreta visão de um motociclista em relação aos brasileiros...
- as vezes saio do trampo nos finais de tarde de sábado e vou pra montanha praticar snowboard. Depois de um dia de trampo pesado no Japão nada melhor do que passar a noite toda praticando snowboard com amigos malucos como eu. Entramos na estação de esqui às 10h da noite e saimos às 7:45 da matina... exaltos e descansados...
- aos domingos vou a igreja agradecer a Deus pelo trabalho e pelo lazer.
- as vezes vou a praia de bicicleta, afinal fica a apenas 1h30 de pedalada....
poderia continuar falando do meu dia a dia pós trabalho por aqui, mas isso nao importa, o que importa é o trabalho.
valeu a pena vir ao Japao??? - pode ser a indagação de alguns de vocês. Como disse nosso amigo português, posso responder com toda a certeza : Tudo vale a pena se a alma não é pequena!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Boa viagem Zé...




É isso aí Zé
Você segue em frente
eu fico mais um pouco
Você pega a estrada
com muita esperança
eu continuo na babilônia
mas guardo o meu coração
pois meu tesouro não está aqui
não vim atras de riquezas
vim rever um amigo
mais chegado que um irmão
de quebra ganho mais um
o Zé Luis, o Zé da bossa
o zé da música cantada com o coração
o zé do sorriso lindo
e da caixa do coração...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um dilema...


Um dilema:
fazer um filme ou uma viagem?
filmar ou pilotar?
uma questão difícil.
ainda que dedicasse todo o tempo
na captaçãp de imagens e sons
sei que não conseguiria expressar
o prazer de viajar...
Viajar de motocicleta
é muito mais que se deslocar
de um ponto a outro.
Não quero chegar
o importante é o viajar
mais do que sentir, tocar,
ouvir ou ver
motoclicleta é ser
ser parte de um todo
que passa devagar...
eis a questão: filmar ou viajar?
decido fazer os dois
talvez não tenha conseguido fazer nenhum deles...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Zé Luis cortando a juba...



bom, deixo aqui um texto do meu cabelereiro suplente ( que bichice auhauhauh), pois o oficial é o major Lukinhas. Zé Luis, retornando ao0 Brasa, nossa amada terra. Botei o pé na estrada com muita esperança... dedico essa música a vc, meu irmáo... vc volta, e continua com o pé na estrada... a estrada é a vida, e ainda temos esperança!

... engraçado! Ter que esperar pelos meus cinquenta anos para me certificar de todos os aspectos da minha personalidade, separar o que é meu, do que me foi imposto, do que recusei e qdo nao deveria.

As folhas de Sakura caindo com o vento sao uma imagem de uma impressionante beleza delicada. a própria árvore florida só mostra a sua beleza na contra-luz. Fotagrafá-la assim, é uma das missoes que nao cumpri.

De quebra, nessa aventura, reencontrei Deus, ainda nao fiz as pazes com ele, nao por completo, mas conviver com pessoas tao apegadas a religiosidade e fé, me trouxeram a um diálogo que havia perdido desde a juventude. Acho que assim como meu pai, sempre estarei indignado com Deus, qdo o horror aparece...

... a outra parte da missao: juntar dinheiro para a expediçao Alaska, me submetendo a doze horas de trabalho por dia... foi um fracasso. Me submeti as tais doze horas, mas por contingencias de cambio internacional, a oferta de trabalho caiu muito e as exigencias aumentaram, minha idade se tornou uma grande desvantagem. Com as ofertas em baixa a situaçao de trabalho escravo, tendo que se submeter a tudo que a máfia das empreiteiras querem, ficou intolerável...

... talvez por conta do isolamento do resto do mundo, os japoneses nao se veem obrigados a considerarem os operarios pelos padroes do século XXI.

Direito dos trabalhadores e direitos humanos é algo completamente desconhecido nesse país.